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Como a dengue afeta a saúde do fígado

Doença típica do verão, a dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor de Zika e Chikungunya. Saiba como o vírus da dengue interfer
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 05/08/2022

Em abril, o Distrito Federal registrou aumento de 468% nos casos de dengue, doença febril aguda causada por um vírus e que pode se apresentar na forma clássica ou grave, quando evolui para o que conhecemos como dengue hemorrágica.

A dengue é, hoje, a mais importante arbovirose (doença transmitida por mosquitos) que afeta o homem, e é um sério problema de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, seu principal vetor. 

Quadro Clínico

Entenda as particularidades da dengue clássica e da dengue hemorrágica. 

Dengue clássica

De acordo com a Dra. Natália Trevizoli, hepatologista do Hospital Brasília, o quadro clínico da dengue clássica é muito variável.

“A primeira manifestação é a febre alta (39°C a 40°C) de início repentino, seguida por cefaleia, dor muscular, prostração, dor nas articulações, perda de peso, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, manchas avermelhadas pelo corpo e coceira. Também pode haver aumento no volume do fígado, acompanhado de dor. Alguns aspectos clínicos dependem, com frequência, da idade do paciente."

Um sintoma comum entre as crianças é a dor abdominal generalizada. Já os adultos podem apresentar sangramento nasal, gengival e gastrointestinal.  No geral, a doença tem uma duração de 5 a 7 dias. Com o desaparecimento da febre, há regressão dos sinais e sintomas, podendo ainda persistir a fadiga.

Febre Hemorrágica da Dengue (FHD)

Os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica. Entretanto, evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas, derrames cavitários (acúmulo de líquido entre as membranas) ou instabilidade da pressão arterial. Os casos típicos são caracterizados por febre alta, fenômenos hemorrágicos, alterações no fígado e insuficiência circulatória.

Dengue e fígado

Em alguns casos, essas infecções vêm acompanhadas de um quadro de insuficiência hepática. Isso ocorre por conta da resposta imune desregulada em razão da infecção viral, o que torna a irrigação no órgão escassa, e pode resultar no aumento das transaminases séricas, enzimas encontradas em diversos tecidos do organismo.

“O fígado produz as enzimas AST e ALT, que são consideradas marcadores de lesão hepática. Essas transaminases aumentam significativamente na infecção aguda da dengue e podem ser usadas para determinar a gravidade da doença em casos agudos.", detalha a médica. 

Tratamento

De acordo com a hepatologista, não há tratamento específico. A medicação é apenas sintomática, com analgésicos e antitérmicos. Devem ser evitados os anti-inflamatórios não-hormonais, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas e acidose. Em casos graves, o paciente deve ser internado.

Sintomas

  • dor abdominal intensa e contínua;

  • vômitos persistentes;

  • dor na região do fígado;

  • sangramentos importantes;

  • extremidades frias;

  • diminuição do volume de urina;

  • pressão baixa.

Prevenção

Por fim, vale destacar que a melhor forma de lidar com a dengue é através da prevenção, inclusive porque impedir a proliferação do Aedes aegypti também evita o Zika vírus e a Chikungunya. Evite água parada, use repelente e, se possível, vacine-se.

Centro de Referência em Doenças do Fígado

No Hospital Brasília você encontra um exclusivo Centro de Referência em Doenças do Fígado, que conta com equipe médica especializada composta por hepatologistas e cirurgiões renomados e altamente qualificados. Dispomos também de um moderno parque tecnológico, com exames de imagem, laparoscopia, biopsia guiada por ultrassom e tomografia, capaz de oferecer conforto e segurança no diagnóstico.

Nossos pacientes recebem acompanhamento completo e diário, que contempla desde tratamentos clínicos e endovasculares até abordagens cirúrgicas, incluindo a realização de transplantes hepáticos na unidade, procedimento para o qual somos instituição de referência. As consultas para atendimento no nosso Centro de Referência em Doenças do Fígado podem ser agendadas via telefone: (61) 3704-9000 ou pela nossa central de agendamento on-line.

Escrito por
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