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Medula óssea: o que é, onde fica, qual é sua função e como é feito o transplante

Conhecida popularmente como “tutano”, a medula óssea age diretamente no sistema imunológico e na coagulação sanguínea.
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 01/09/2022

A partir do transplante de medula óssea, pessoas que vivem com diversas enfermidades graves – oncológicas ou não – ganham uma nova chance de viver de forma plena. Apesar de o Brasil ter um dos maiores bancos de doadores do mundo, infelizmente, desde 2020, instituições especializadas, como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), têm registrado queda no número de doações.

Caso você ainda não saiba do que estamos falando, não se preocupe, pois com o auxílio do Dr. Diogo Kloppel Cardoso, hematologista do Hospital Brasília, nós vamos te explicar o que é, onde fica a medula óssea e qual a sua função. Confira! 

O que é medula óssea?

Também chamada de “tutano”, a medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso localizado no interior dos ossos. 

Qual é a função da medula óssea?

A medula óssea é fundamental para o desenvolvimento das células sanguíneas, pois nela são produzidos os glóbulos brancos (leucócitos), que agem no sistema de defesa do organismo; os glóbulos vermelhos (hemácias), responsáveis pelo transporte de oxigênio para o organismo todo; e as plaquetas, que compõem o sistema de coagulação do sangue. 

Como é feita a coleta de medula óssea para o transplante?

O transplante de medula óssea é um tratamento para várias alterações, incluindo doenças das células do sangue, como linfomas, mielomas e leucemias, por exemplo. 

O procedimento pode ser feito a partir da medula de um doador (transplante alogênico) ou retiradas do próprio paciente (autólogo). 

“Muitas pessoas acreditam que são necessários cortes, pontos ou cirurgias. Mas, na verdade, a forma mais comum de coletar o material é por um processo chamado aférese, em que paciente e doador são conectados por veias periféricas (nos braços) à uma máquina que filtra o sangue e coleta as células-tronco da medula óssea.”, afirma o especialista. 

Apesar de ser um método menos frequente, também é possível realizar a coleta por meio de punções na região pélvica sob anestesia peridural (ou geral) em centro cirúrgico. Cabe destacar que depois da doação, a medula do doador se recupera totalmente dentro de algumas semanas. 

Quando o transplante de medula óssea é indicado?

O Dr. Diogo explica que o transplante de medula óssea é indicado para várias doenças, entre elas: 

  • leucemias agudas; 

  • adrenoleucodistrofia; 

  • anemia aplásica; 

  • síndromes de falência medular; 

  • leucemias crônicas; 

  • linfomas; 

  • mieloma múltiplo; 

  • imunodeficiências; 

  • erros inatos do metabolismo; 

  • neuroblastoma; 

  • tumores de testículo e ovário. 

Quem pode doar medula óssea?

Para doar medula óssea é necessário cumprir alguns pré-requisitos, procurar o hemocentro mais próximo e agendar uma visita. Podem ser doadores aqueles que: 

  • têm entre 18 e 35 anos de idade; 

  • estão em bom estado de saúde; 

  • não possuem nenhuma condição infecciosa, hematológica ou algum tipo de câncer. 

Caso a pessoa esteja apta a ser voluntária, uma pequena amostra de sangue será coletada para o exame de histocompatibilidade (HLA), que identifica as características genéticas do doador e cruza estas informações com os dados dos pacientes que estão na fila de espera. Depois de cadastrado no REDOME, quando houver um paciente compatível, o órgão de saúde entrará em contato para consultar a disponibilidade do voluntário e dar início à avaliação pré-doação.  

Existem duas formas de doar células tronco: 

  1. Coleta a partir do sangue, por punção simples em veias do braço, após estímulo do corpo com um medicamento que induz a liberação dessas células da medula para o sangue. Esse medicamento pode acarretar dor no corpo e mal-estar leves, além de coriza. Tais efeitos desaparecem após a doação. 

  2. Punção diretamente na medula óssea (osso do quadril). A doação ocorre em centro cirúrgico e o doador recebe medicamentos para não sentir desconforto e permanecer dormindo durante a coleta das células, que ocorre por meio de punções simples na região posterior do osso do quadril, sem necessidade de abordagem cirúrgica. 

A escolha da fonte depende da doença do paciente e da vontade do doador. 

Onco-hematologia: cuidado integral para o paciente com doença hematológica

Pacientes com doenças malignas no sangue e nos gânglios demandam os cuidados de um especialista: o onco-hematologista. Habilitado para diagnosticar todas as doenças do sangue, especialmente as malignas, esse médico realiza uma avaliação ampla e detalhada para detectar o câncer hematológico, bem como conduz o tratamento mais indicado para cada caso. 

Nosso serviço de onco-hematologia conta com profissionais com grande expertise em diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com tumores malignos do sangue, além de uma equipe multidisciplinar e de infraestrutura de excelência. 

Especialistas em doenças do sangue 

As doenças que afetam o sangue e os gânglios e que podem ser tratadas pela onco-hematologia do Hospital Brasília são diversas, incluindo: 

  • Linfomas; 

  • Leucemias

  • Mielodisplasias; 

  • Mieloma múltiplo; 

  • Policitemia vera; 

  • Trombocitemia essencial; 

  • Mielofibrose primária. 

Cuidado humanizado e de qualidade 

Os recursos terapêuticos ministrados em pacientes com doenças onco-hematológicas são similares aos realizados em pacientes com tumores sólidos. Estamos sempre nos atualizando para oferecer o que existe de mais moderno em tratamento para os pacientes onco-hematológicos, sem esquecer o cuidado e a atenção que cada paciente precisa e merece. 

  • Imunoterapia – abordagem biológica que potencializa o sistema imunológico, de modo a estimular o organismo a combater sozinho o câncer. 

  • Terapias-alvo – por meio de medicamentos, esse recurso mira as células cancerígenas, evitando danos às células normais.  

  • Quimioterapia – visa à destruição das células doentes e é feita com medicamentos que são levados pela corrente sanguínea para todas as partes do corpo. Com isso, a quimioterapia pode também impedir que as células cancerígenas se espalhem pelo organismo. 

São ministrados ainda medicamentos oncológicos de suporte, a fim de amenizar os efeitos colaterais provocados pelos tratamentos, como dores e enjoos. As abordagens com aplicação intravenosa de fármacos são realizadas no Centro de Infusão, que conta com espaços confortáveis e personalizados, cabines isoladas, lugar para acompanhante, TV a cabo, banheiro privativo e refeições. Além disso, os pacientes encaminhados para nossos centros recebem atendimento humanizado de uma equipe altamente especializada, incluindo enfermeiros, médicos e farmacêuticos. 

Também somos referência em transplante de medula óssea (TMO), uma das possibilidades terapêuticas para pessoas com alterações. Porém, é importante lembrar que, na maioria dos casos, a investigação diagnóstica se inicia com uma avaliação criteriosa e individualizada, em um atendimento clínico. No Hospital Brasília, dispomos também do Centro Médico Brasília, estrutura localizada em frente ao nosso hospital, com atendimento ambulatorial em diversas especialidades, incluindo hematologia.  

Para agendar seu atendimento, utilize a  central de agendamento on-line   ou entre em contato pelo telefones(61) 3704-9000.

Escrito por
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