Você sabia que as discussões em torno da saúde da mulher surgiram apenas nos anos 1970? Antes disso, o tema restringia-se apenas às questões relacionadas com a gestação e o parto. O que conhecemos hoje – políticas de saúde sexual, prevenção e tratamento de doenças – datam do ano de 1984, e é uma importante conquista para o combate a diversas alterações, como o câncer de vulva, por exemplo.
Nesta nova edição do blog do Hospital Brasília, a ginecologista oncológica Dra. Letícia Sandre traz informações sobre essa neoplasia rara.
O que é câncer de vulva?
Antes de falarmos sobre o câncer de vulva, é necessário explicar o que é essa estrutura, pois não raramente ocorre a confusão entre vulva e vagina. A vulva é a parte externa do órgão genital feminino, no qual estão os pequenos e os grandes lábios, enquanto a vagina é a maior cavidade no interior da vulva, região em que acontece a penetração durante o ato sexual.
Dito isso, vamos ao tema deste artigo, o câncer de vulva. Entre os cânceres ginecológicos, este é o mais raro – representa cerca de 4% dos casos – e pode ser dos seguintes subtipos:
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carcinoma de células escamosas – o tipo mais comum, provoca saliências que se parecem com verrugas;
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doença de Paget extramamária – tumor cutâneo na vulva;
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melanoma vulvar – se desenvolve com base nos melanócitos, células responsáveis pela cor da pele;
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adenocarcinoma – tem origem em glândulas, como a de Bartholin; mais adiante, a especialista dá detalhes sobre essa estrutura.
Sintomas de câncer de vulva
Entre os principais sintomas de câncer de vulva, podemos destacar:
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vermelhidão;
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coceira;
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verruga ou mudança no aspecto da pele da região íntima;
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presença de nódulo ou íngua;
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sangramento.
Além das manifestações acima, o câncer de vulva também pode assemelhar-se a uma ferida que nunca cicatriza. Caso apresente um ou mais sintomas, não deixe de consultar um ginecologista.
O que é glândula de Bartholin?
A glândula de Bartholin está localizada na vulva, um pouco abaixo da entrada da vagina, e tem a função de produzir a secreção vaginal responsável pela lubrificação feminina durante o ato sexual.
A glândula de Bartholin pode virar câncer?
A Dra. Letícia explica que “a glândula não vira câncer. Porém, pode acontecer de algumas de suas células sofrerem mutações genéticas e, com isso, o tecido se prolifera de forma desordenada e, assim, dá origem ao câncer".
Como prevenir o câncer de vulva?
A principal causa do câncer de vulva é o papilomavírus humano (HPV). Sendo assim, a melhor forma de prevenção é a vacina contra esse vírus. A Dra. Letícia Sandre destaca outros fatores de risco, como idade avançada, tabagismo e presença de líquen vulvar (doença inflamatória na pele da região genital). A ginecologista oncológica também compartilha dicas de prevenção: “É importante tratar as doenças benignas da vulva e ir ao ginecologista rotineiramente para que ele possa identificar lesões pré-invasivas", completa.
Como é feito o diagnóstico do câncer de vulva?
O diagnóstico da alteração é feito com base em uma biópsia de lesão, nódulo ou secreção, por exemplo.
Qual é o tratamento para o câncer de vulva?
O tratamento do câncer de vulva varia de acordo com o estágio da patologia. Os métodos mais comuns são radioterapia, quimioterapia e intervenção cirúrgica para a remoção do tumor. Vale destacar que é essencial contar com uma equipe multidisciplinar – composta por profissionais de ginecologia, oncologia, fisioterapia, psicologia e médico cirurgião – para assegurar a melhor recuperação possível à paciente.
Atendimento ambulatorial
A saúde feminina precisa de atenção e cuidados específicos. Por isso, mantenha suas consultas e exames periódicos em dia. Caso surja algum desconforto ou alteração, relate ao seu ginecologista.
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