No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima, por ano, a ocorrência de aproximadamente 30 mil novos casos de câncer de colo uterino, corpo do útero e ovário. Felizmente, os cânceres ginecológicos têm um desenvolvimento relativamente lento, podendo ser detectados na fase inicial ou mesmo quando ainda é uma lesão pré-câncer. Isso por meio da realização periódica de exames preventivos.
No caso de um diagnóstico positivo, o oncoginecologista – ginecologista que atua na área do câncer ginecológico – é o profissional especializado que pode oferecer assistência integrada, do diagnóstico até o tratamento cirúrgico do tumor. Esse médico passa por anos de treinamento intensivo de técnicas cirúrgicas importantes para fornecer o melhor atendimento às portadoras de cânceres ginecológicos.
Condições tratadas por um oncoginecologista:
• câncer de ovário;
• câncer de endométrio;
• câncer de colo de útero;
• câncer de vagina ou vulva;
• neoplasia trofoblástica gestacional (mola hidatiforme).
Quais são os sinais para buscar um oncoginecologista?
Caso a mulher tenha recebido de seu médico – possivelmente seu ginecologista – um diagnóstico que comprove a existência de células pré-cancerosas, recomenda-se a avaliação de um oncoginecologista. Além disso, mulheres que apresentam um dos quadros citados anteriormente devem procurar esse especialista para receber assistência, desde a fase do diagnóstico até o tratamento.
“Hoje o câncer ginecológico é a segunda causa de morte entre as mulheres, por isso é tão importante ter a presença de um especialista nessa área no ambiente hospitalar, visando ao tratamento integral das pacientes acometidas”, ressalta o Dr. Marcus Vinícius de Paula, coordenador do Serviço de Ginecologia do Hospital Brasília.
É possível se prevenir?
Assim como com outras formas de câncer, a detecção precoce pode aumentar as chances de sucesso do tratamento. Por esse motivo, é de extrema importância priorizar a realização de exames como ultrassonografia transvaginal (para verificar problemas que possam acometer o corpo do útero e os ovários) e o conhecido teste de Papanicolau (que rastreia e previne o câncer de colo de útero), mesmo em meio à pandemia.
O Dr. Marcus ressalta a importância desses exames: “O grande diferencial é que são exames não invasivos, com o mínimo de desconforto, e fazem um rastreio importante antes da progressão da doença. Hoje o principal desejo do ginecologista é detectar o câncer ginecológico em estágio inicial, o que garante probabilidades de cura bastante elevadas.”. Além dessas perspectivas, o especialista ressalta que já existem exames extremamente complexos e precisos que podem auxiliar ainda mais na investigação de um câncer. “A DASA, por exemplo, tem experiência em oferecer exames moleculares que rastreiam o tumor, fazendo um estudo genético que permite tratamentos mais eficazes do câncer”, pontua o médico.
Outra função fundamental de um oncoginecologista é reconhecer e gerenciar os fatores de risco para as doenças em questão, quando estão presentes. São exemplos: mulheres que têm diagnóstico confirmado para o Papiloma Vírus Humano (HPV); com histórico familiar de câncer de mama ou ovário; que já contraíram outros tipos de câncer, como retal, de cólon ou mama; mulheres na pós-menopausa (acima de 50 anos), entre outros.