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Retocolite ulcerativa: o que pode provocar inflamação no intestino?

Conheça mais detalhes sobre esse quadro que, se não for devidamente tratado, pode evoluir para câncer colorretal
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 18/01/2022

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são alterações que provocam inflamação crônica no aparelho digestivo, sendo mais frequentes no mundo ocidental e em locais onde os hábitos alimentares estão mais relacionados com a ingesta de produtos industrializados. No Brasil, por exemplo, a maioria dos casos concentra-se nas Regiões Sul e Sudeste. 

Existem dois tipos de DII: doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Neste texto, a Dra. Zuleica Bortoli, gastroenterologista do Hospital Brasília e coordenadora do Núcleo Especializado em Doenças Intestinais Complexas (NEDIC), explica o que é retocolite ulcerativa (RCU). 

O que é retocolite ulcerativa?

A RCU é uma doença inflamatória intestinal (DII) crônica causada por infecções e ulcerações no cólon (intestino grosso) e na mucosa do reto. É importante ressaltar, ainda, a diferença entre o quadro e a síndrome do intestino irritável. Na retocolite, existe inflamação da mucosa do intestino e na síndrome do intestino irritável não há dano no órgão, pois trata-se de uma doença funcional.

Sintomas de retocolite ulcerativa

A manifestação da retocolite ulcerativa se dá por meio de crises, e são sintomas frequentes da condição: 

  • cólicas; 

  • sangue nas fezes; 

  • febre; 

  • diarreia; 

  • perda de peso. 

A retocolite ulcerativa também pode estar associada a outras doenças extraintestinais, como dor nas articulações, pioderma gangrenoso (feridas com pus que pretejam) e eritema nodoso (inflamação da camada de gordura abaixo da pele). 

O que provoca a retocolite?

“Sua causa ainda não é bem esclarecida, mas acredita-se que está relacionada com a alteração da microbiota intestinal e uma desregulação do sistema imunológico, que resulta em uma resposta inflamatória muito exacerbada no intestino”, explica a Dra. Zuleica.  

A médica alerta ainda que o quadro tem forte relação com o desenvolvimento de câncer colorretal. “A retocolite sem controle, durante anos de evolução, pode predispor ao câncer de cólon e de reto”, diz a especialista.  

Como diagnosticar a retocolite ulcerativa?

O diagnóstico da retocolite ulcerativa é feito pelo médico gastroenterologista, apoiado por exames como: 

  • colonoscopia – semelhante à endoscopia, é usada para identificar sangramento na parede intestinal e avaliar os fragmentos de biópsia coletados durante o exame; 

  • exames de sangue e de fezes – auxiliam na detecção de anemia, deficiência de ferro e marcadores de inflamação ocasionada pelo sangramento e também podem excluir outras causas de diarreia. 

Qual o tratamento para a retocolite?

Infelizmente, a retocolite não tem cura, mas, sim, controle. Existem vários medicamentos que podem ser usados em seu manejo, como os corticoides, a mesalazina, os imunomoduladores e os imunobiológicos, que são indicados de acordo com a extensão e a gravidade da doença. Uma alimentação saudável, sem produtos industrializados e balanceada, pode ajudar no processo de recuperação do intestino. 

O Núcleo Especializado em Doenças Intestinais Complexas (NEDIC), do Hospital Brasília, conta com uma equipe multidisciplinar composta por especialistas de diversas áreas e estrutura completa para acompanhar o paciente durante toda a linha de cuidados. Para agendar uma consulta, ligue para (61) 3704-9000.

Escrito por
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