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Câncer de próstata tem cura? Entenda o tratamento

A cirurgia robótica é uma opção eficiente para tratar a doença, conheça melhor essa tecnologia.
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 24/11/2021

O mês de novembro é marcado pela campanha Novembro Azul que busca conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde do homem, em especial para prevenir o câncer de próstata.  

“Esse marco é importante para chamar a atenção dos homens para o cuidado com sua saúde. De uma forma geral, as mulheres têm a cultura de consultas médicas desde idades mais precoces. Já com os homens, a cultura é de procurar assistência apenas quando há sintomas do câncer de próstata, o que impede que se faça a medicina preventiva. Campanhas desse tipo são educativas, na tentativa de se mudar esse comportamento”, ressalta o Dr. Fransber Rodrigues, urologista do Hospital Brasília. Além disso, alerta o médico, o homem com câncer de próstata inicial não tem sintomas; por isso, a necessidade de vigilância.  

Os exames essenciais para investigar o quadro são o físico (toque retal) e o laboratorial (dosagem de PSA). A partir desses dois resultados, define-se a necessidade ou não de uma confirmação do diagnóstico por meio de uma biopsia, realizada geralmente pelo próprio urologista ou por um radiologista.  

Em caso de diagnóstico confirmado, é hora de traçar o plano de tratamento de acordo com o estágio em que a doença se encontra. As condutas vão desde a hormonioterapia (consiste em “bloquear” a ação da testosterona, que age como “combustível” para o crescimento do câncer de próstata), até a prostatectomia (cirurgia de retirada da próstata). Aqui entra em cena a tecnologia da cirurgia robótica. 

O que é a cirurgia robótica?

O termo “robô” tem duas definições possíveis. A primeira delas diz respeito a uma “máquina, autômato de aspecto humano, capaz de se movimentar e de agir”. Já a segunda, que é a que se aplica ao caso das cirurgias robóticas, define o robô como “mecanismo comandado por controle automático”. O equipamento da cirurgia robótica é composto de três sistemas interligados.  

O primeiro deles é formado por um conjunto de braços onde são inseridas as pinças (instrumental cirúrgico que permite maior delicadeza na manipulação das estruturas anatômicas).  

O segundo sistema é a “inteligência do robô”, sua parte de programação. Este componente equipara-se aos HDs dos computadores comuns. É onde se instala programações e padrões que permitem o acionamento do médico por meio do terceiro sistema, que é a cabine de controle (conhecida como console). Esta parte, somente para fins de comparação, lembra uma cabine de jogo eletrônico, com controles que se assemelham ao “joystick”usado para jogar videogame.  

A diferença fundamental, no entanto, fica por conta do visor, que tem um encaixe para o rosto do cirurgião. Tudo é tão preparado para oferecer segurança ao procedimento, que, se o cirurgião precisar tirar o rosto desse encaixe por alguns instantes, o sistema todo interrompe a movimentação.  

Cirurgia robótica de próstata

A remoção da próstata por meio da cirurgia robótica é indicada aos homens que tenham sido diagnosticados com câncer de próstata localizado e sem metástases para outros órgãos. O procedimento, chamado de prostatectomia robótica, é a técnica de laparoscopia por vídeo para remoção completa da próstata. O médico usa um sistema de braços robóticos de alta precisão, que ainda proporciona ao cirurgião uma visão em 3D com imagem até seis vezes melhor do campo cirúrgico.  

O robô amplifica o aumento dos movimentos da mão humana e facilita a reconstrução da anatomia em espaços limitados, além de representar uma possibilidade menos invasiva, até mesmo para os procedimentos mais complexos, antes realizados por cirurgia aberta. 

“Não há mais dúvida de que se trata de um avanço da medicina, com inúmeros benefícios, que ainda têm se expandido à medida que os médicos desenvolvem novos usos para o sistema”, pontua o urologista. 

O que acontece depois da prostatectomia robótica?

Depois da cirurgia é recomendado repousar durante aproximadamente três semanas, além de evitar atividades de alto impacto, como corrida, bicicleta e academia, por exemplo. Caminhadas leves e atividades de trabalho em escritório são permitidas. 

O acompanhamento médico é indispensável nos primeiros dois anos após o procedimento. A recomendação é que o paciente visite seu especialista de confiança a cada três meses. Do segundo ao quinto ano é importante fazer uma consulta a cada seis meses e, depois de cinco anos, o acompanhamento deve ser anual.  

Complicações e riscos

Como todo procedimento cirúrgico, existem algumas possibilidades de complicação: 

  • Sangramentos com necessidade de transfusão.
  • Infecção no local da cirurgia. 
  • Incontinência urinária - perda no controle de segurar a vontade de urinar. 
  • Impotência sexual - necessidade de usar medicações ou próteses artificiais. 
  • Não conseguir erradicar por completo os focos da doença. 

Vantagens da cirurgia robótica de próstata

Em contrapartida, são inúmeros os benefícios dessa opção! Confira: 

  • Diminuição do trauma cirúrgico. 
  • Melhor recuperação do paciente, com menos dor no pós-operatório. 
  • Alta precoce, com um retorno mais rápido às atividades diárias.
  • Menor tempo de internação e de uso de sonda.
  • Preservação dos nervos, vasos sanguíneos e músculos que envolvem a glândula.
  • Redução dos riscos de infecção.
  • Menos sangramento e menor tempo para recuperação da continência urinária. 

Alta especialização

“O programa de cirurgia robótica do Hospital Brasília foi o primeiro do Centro-oeste do Brasil a atingir 1000 cirurgias realizadas, entre Urologia e outras especialidades. Além disso, o hospital é um importante centro de treinamento de cirurgiões, que vêm de diversos estados do país”, finaliza o Dr. Fransber Rodrigues. Para saber mais sobre o tema, acesse nosso site.

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