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Pneumonia: a doença que afeta 2 milhões de brasileiros por ano

Nem todos sabem, mas esta é uma das enfermidades mais fatais da atualidade
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 12/11/2020

A data de hoje é marcada pelo Dia Mundial da Pneumonia, criado com a pretensão de disseminar e reforçar as formas de prevenção à doença, além de estimular o compartilhamento de informações sobre o tema, uma vez que a patologia continua sendo a principal causa de morte de crianças com até 5 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, aqui no Brasil, a taxa de mortalidade por pneumonia está em queda e houve redução de 25,5% entre 1990 e 2015. No entanto, o número de internações continua alto, bem como o custo dos tratamentos de forma geral.

Os principais tipos de pneumonia

A pneumonia é uma doença infecciosa do tecido pulmonar que não possui uma causa única, uma vez que várias espécies de vírus, bactérias, fungos, parasitas ou substâncias podem provocar inflamações agudas que levam os alvéolos pulmonares a se encherem de líquido.

Pneumonia causada por vírus

As pneumonias virais, mais comuns em adultos, são causadas pelo vírus influenza e podem ser evitadas por meio da vacinação. Outra pneumonia viral que se tornou comum neste ano de 2020 foi a provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Pneumonia causada por bactéria

Uma das pneumonias bacterianas mais frequentes é a originada por pneumococo. As vacinas que imunizam contra essa forma de pneumonia são indicadas para idosos e crianças (o público mais vulnerável). Elas são uma das formas mais eficazes de prevenção.

Pneumonia causada por fungos

A pneumonia fúngica geralmente está relacionada com pessoas que têm imunossupressão por doenças prévias, medicamentos ou outras infecções pulmonares. 

Cada forma de pneumonia assume características diferentes e envolve tratamentos também distintos entre si. Entenda melhor abaixo.

Pneumonia química

A pneumonia química ocorre quando um material com efeito tóxico é inalado ou aspirado, atingindo diretamente os pulmões. Uma das formas mais comuns é a pneumonia ácida por aspiração do suco gástrico. O material aspirado também pode exercer um efeito mecânico obstrutivo.

Quais os sintomas da pneumonia?

Os principais sintomas da pneumonia podem ser febre, tosse com secreção, falta de ar e dor para respirar fundo. Porém, quando esses quadros são acompanhados de sonolência e redução da pressão arterial, da saturação arterial e da quantidade de urina, é sinal de que a doença se tornou ainda mais grave.

Existem grupos de risco para a pneumonia?

Os indivíduos mais frágeis, de forma geral, são os mais vulneráveis a esse tipo de infecção e, consequentemente, aos diversos problemas decorrentes dela. São eles:

•          idosos;

•          crianças pequenas;

•          fumantes, especialmente os de longa data;

•          pessoas com doenças crônicas do trato respiratório, principalmente enfisema e bronquite;

•          portadores de doenças neurológicas que apresentam dificuldade para engolir;

•          pacientes que usam corticoides;

•          pacientes imunossuprimidos.

O especialista do Hospital Brasília, Dr. Rodrigo Biondi, intensivista e coordenador das UTIs Adulto, pontua a importância de esses grupos se atentarem ainda mais para o reconhecimento dos principais sintomas da pneumonia.

Diante de qualquer sinal que indique a presença dessa infecção, é preciso buscar auxílio médico, porque alguns problemas que podem surgir quando essa doença é negligenciada ou tratada de forma inadequada são: derrame pleural (também conhecido como “água no pulmão"), comprometimento respiratório, abscesso pulmonar, septicemia (infecção generalizada) e, claro, o risco de morte.

Previna-se!

“A correta forma de prevenir a pneumonia consiste na imunização. A vacina contra o pneumococo e a vacina contra a influenza, que protege do vírus da gripe, também podem fazer toda a diferença. Por fim, mas não menos importante, é a manutenção de hábitos relacionados com a correta higiene das mãos associados ao distanciamento social e ao uso de máscara nessa fase da pandemia de Covid-19", explica o Dr. Rodrigo Biondi.

Qual a relação das mudanças climáticas e da gripe com a pneumonia?

O médico explica que o período de inverno aumenta os riscos de contágio porque ficamos com mais frequência em ambientes fechados. “Tendemos a ficar em lugares menos arejados; no caso de usar o transporte público, não é comum abrir as janelas, o que contribui para mais chances de propagação de vetores. Ainda assim, friso que qualquer pessoa pode ser infectada se em contato com o vírus da gripe, entre outros, independentemente da estação do ano."

Vale ressaltar que um fenômeno já foi percebido nas diversas epidemias virais ao longo dos últimos séculos: o problema de saúde inicial é desencadeado por determinado vírus, mas a maioria das complicações graves é decorrente de infecções bacterianas, frequentemente a pneumonia.

Atenção!

“A cura clínica da pneumonia é considerada quando os sintomas cessam, mas o padrão radiológico pode persistir por semanas! Por isso, mesmo considerado curado com sucesso, um paciente pode continuar apresentando resultados de exames de raios X alterados", finaliza o Dr. Rodrigo.

Escrito por
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