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Hemodiálise: entenda o que é, para que serve e como é feita

A hemodiálise é um procedimento em que uma máquina realiza as funções renais de filtrar e limpar o sangue. Saiba quando ela é indicada e como é feita.
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 19/01/2023

O último censo apresentado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) referente à hemodiálise no país estima que mais de 120 mil pessoas precisem do procedimento em virtude de condições que afetam o funcionamento dos rins, como a doença renal crônica, por exemplo.

No blog de hoje, o Dr. Pedro Mendes, nefrologista do Hospital Brasília, tira as principais dúvidas sobre essa técnica que proporciona bem-estar e esperança, visto que, até meados da década de 1960, pacientes com quadros agudos faleciam pela falta de um tratamento eficaz.

O que é hemodiálise?

Realizada por um equipamento, a hemodiálise é um tratamento que simula a função do rim e “limpa" o sangue, a fim de eliminar toxinas, controlar a pressão arterial e manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatina.

Para que serve a hemodiálise?

A hemodiálise é indicada para pacientes com quadros de comprometimento grave da função dos rins em que o órgão funciona 15% ou menos. As causas mais comuns de doença renal crônica são:

  • diabetes não controlada;

  • doenças autoimunes;

  • obstrução por cálculos renais;

  • pressão alta;

  • sepse (infecção generalizada);

  • tumores.

“Para os quadros agudos, a hemodiálise funciona como um suporte ao paciente com falência de múltiplos órgãos para que seu organismo consiga se restabelecer. Já nos casos crônicos, o objetivo é promover reabilitação e bem-estar. Isso significa que é possível oferecer mais qualidade de vida às pessoas que convivem com a doença renal", detalha o Dr. Pedro.

Como a hemodiálise é feita?

A hemodiálise é feita pela retirada gradual do sangue do rim por meio de uma agulha para punção da fístula arteriovenosa (FAV), ligação entre uma artéria e uma veia cuja finalidade é torná-la mais grossa e resistente, garantindo, assim, mais segurança durante o procedimento. Essa fístula transporta o sangue para o equipamento, que o devolve filtrado através de um acesso vascular.

“A diálise também pode ser feita por cateter. Nessa abordagem, colocamos o dispositivo em uma veia para que ele puxe o sangue e devolva-o em seguida. Vale destacar que o cateter é uma solução temporária, pois, por ser um corpo estranho, apresenta risco de infecção. Em contrapartida, é uma alternativa de aplicação imediata, diferente da fístula", complementa o nefrologista.

Como é feita a fístula da hemodiálise?

A fístula arteriovenosa pode utilizar veias ou material sintético e é feita, aproximadamente, dois meses antes do início do tratamento por um cirurgião vascular. Em pacientes que ainda não têm a fístula, mas precisam começar a hemodiálise, pode ser usado um cateter. Porém, o médico destaca que esta é uma opção temporária.

Como é a agulha da hemodiálise?

A agulha da hemodiálise é calibrosa, pois precisa permitir o fluxo adequado de sangue. “Temos dois tipos de técnica: uma é com a agulha convencional, pontiaguda, que introduzimos na fístula em todas as sessões. A outra é a de ponta romba, sem aquela ponta tão fininha, que é inserida sempre no mesmo lugar, o que proporciona menos dor ao paciente", explica o Dr. Pedro. Porém, ainda segundo o especialista, o tipo de agulha não tem impacto no tratamento e varia apenas de acordo com a experiência de cada clínico.

Quanto tempo dura?

Não é possível determinar a duração exata de uma sessão de hemodiálise, pois varia de acordo com as particularidades de cada paciente, como quantidade de líquido a ser removido, por exemplo. O Dr. Pedro diz que, em média, a recomendação é de 12 horas semanais, que podem ser divididas das seguintes formas:

  • três vezes por semana com duração de quatro horas;

  • diária (que tem apresentado bons resultados), em que a pessoa faz duas horas, seis dias por semana, por exemplo.

Cuidados necessários

A principal recomendação do especialista do Hospital Brasília é que o paciente siga as orientações médicas, pois a hemodiálise por si só não resolve tudo. “Ele sempre vai ser avaliado por médico, nutricionista, psicólogo e assistente social. É importante se manter bem; tomar os remédios para hipertensão, caso prescritos; seguir a dieta adequadamente, de acordo com os exames; aqueles que não urinam, precisam controlar a ingestão de água e seguir rigorosamente o indicado pelo médico. Além disso, é preciso ter atenção e cuidado com o cateter e cobri-lo durante o banho, a fim de evitar infecções. No caso da fístula, deve-se evitar forçar o braço para que ela não saia do lugar", detalha o Dr. Pedro.

Atendimento ambulatorial

Consultas de rotina aliadas a exames periódicos são essenciais para detectar a presença de alterações, incluindo aquelas que possam comprometer a saúde dos rins. Além disso, não deixe de buscar ajuda profissional caso apresente qualquer desconforto.

Para agendar sua consulta no Centro Médico Brasília, utilize nossa Central de Agendamento On-line ou entre em contato conosco pelo telefone (61) 4020-0057.

Escrito por
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