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Doenças gastrointestinais: quais são as mais comuns, sintomas e tratamentos

Veja quais são as doenças gastrointestinais mais comuns, quais são os sintomas e tratamentos necessários. Saiba mais.
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 26/04/2023

O termo doenças gastrointestinais se refere a diversas disfunções, que podem ser desde uma simples dor de barriga até neoplasias que acometem as estruturas que constituem o sistema digestivo. No blog de hoje, a Dra. Renata Fillardi, gastroenterologista do Hospital Brasília, fala sobre as principais enfermidades do trato gastrointestinal e como diagnosticá-las. Confira abaixo.

O que é trato gastrointestinal?

O trato gastrointestinal é uma espécie de tubo composto pelas estruturas da boca, da faringe, do esôfago, do intestino delgado, do intestino grosso e do ânus. Sua função é regular a fome e promover a digestão e a absorção de nutrientes e eliminar as substâncias não digeridas. Sedentarismo, alimentação pobre em nutrientes e o hábito de fumar são fatores ainda muito presentes em nosso dia a dia e podem prejudicar o bom funcionamento dessa parte do corpo. Por isso, as doenças intestinais não são raras entre a população, principalmente no mundo ocidental.

Quais são as doenças gastrointestinais mais comuns?

As enfermidades gastrointestinais que mais acometem os pacientes são:

  • Cálculos biliares – as famosas “pedras na vesícula" surgem do desequilíbrio dos componentes da bile, que têm o papel de armazenar os líquidos digestivos. Os cálculos são esses líquidos em estado sólido;

  • Doença de Crohn – inflamação crônica que afeta o funcionamento do sistema digestivo; além do íleo inferior (intestino delgado) e do cólon (intestino grosso), a infecção pode se espalhar também para outras partes do sistema gastrointestinal. A síndrome incide igualmente em homens e mulheres, sendo mais frequente entre os 20 e 40 anos, sobretudo em fumantes;

  • Doença do refluxo gastroesofágico – ocorre quando o conteúdo do estômago desvia para o esôfago;

  • H. pylori – bactéria que se aloja no estômago ou no intestino e causa inflamações que podem evoluir para úlceras e até mesmo câncer;

  • Hérnia de hiato – o diafragma (músculo entre o tórax e o abdome) possui um orifício chamado hiato, que abre caminho entre o esôfago e o estômago. A hérnia de hiato acontece quando a parte mais alta do estômago se aloja na cavidade torácica;

  • Úlceras – feridas que acometem o revestimento interno do tubo digestivo (mucosa).

Sangramento gastrointestinal: o que pode ser?

Notar a presença de sangue no vaso sanitário ou no papel higiênico sempre causa apreensão e requer consulta com um médico para avaliar a origem do problema, que pode ocorrer em qualquer parte do trato gastrointestinal. O sangramento é um dos sintomas de câncer colorretal, mas também pode ser indicativo de outras condições:

  • hemorroidas – são a causa mais comum de sangramento gastrointestinal;

  • fissura anal – comum após grande esforço durante a evacuação; causa dor e sensação semelhante à de fisgadas no ânus;

  • diverticulite – inflamação dos divertículos, bolsas presentes na parede do cólon. O sangramento característico da diverticulite é aquele cujo sangue é bem vermelho.

Quais são os exames para avaliar o trato gastrointestinal?

O primeiro passo para o diagnóstico de condições que atingem o trato gastrointestinal é consultar um gastroenterologista para que, de acordo com uma avaliação criteriosa, ele solicite exames complementares como:

  • colonoscopia – nesse caso, o endoscópio é inserido pelo reto para fornecer imagens do intestino grosso e da porção final do intestino delgado. Serve para a coleta de biópsias que auxiliam no diagnóstico de colites (doença de Crohn e retocolite, por exemplo) e para tratamentos como a retirada de pólipos, que podem evoluir para câncer de intestino ou até mesmo tumores malignos em estágio precoce;

  • ecografia de abdome total – procedimento não invasivo utilizado para avaliar e diagnosticar condições do fígado, da vesícula biliar, dos rins, do pâncreas, do baço, da bexiga, de grandes vasos e do retroperitônio. É capaz de detectar cálculos na vesícula e alterações na textura do fígado que podem indicar cirrose ou a presença de gordura, por exemplo;

  • endoscopia digestiva alta – um tubo flexível (endoscópio) inserido pela boca capta imagens do esôfago, estômago e duodeno. É utilizada para diagnosticar e, por vezes, tratar algumas doenças que afetam essas áreas;

  • manometria esofágica – uma sonda é inserida na narina para avaliar o funcionamento do esôfago;

  • pHmetria esofágica – também realizada por meio de sonda, permite ao médico avaliar o refluxo (retorno) de material ácido do estômago para o interior do esôfago.

“A endoscopia digestiva alta é recomendada para investigar sintomas (azia; náuseas; vômitos; desconforto abdominal; má digestão; dificuldade para deglutir e hemorragia digestiva); obter diagnóstico (anemia; diarreia; coleta de biópsia; detecção de tumores; avaliação de anormalidades identificadas em outros exames) e fazer tratamento, como remoção de corpos estranhos e aplicação de clipes para controle de sangramento digestivo. Também pode ser usada como complemento à cirurgia bariátrica para a inserção de sondas", detalha a Dra. Renata.

Problemas gastrointestinais: que médico procurar?

O gastroenterologista é o médico especialista no estudo e tratamento de alterações do aparelho digestivo. Por isso, sempre que houver alguma anormalidade nos órgãos que compreendem o trato gastrointestinal, consulte esse profissional.

Atendimento ambulatorial

Consultas de rotina aliadas a exames periódicos são essenciais para detectar a presença de alterações, incluindo aquelas que possam comprometer o funcionamento do trato gastrointestinal. Além disso, não deixe de buscar ajuda profissional caso apresente qualquer desconforto. Para agendar sua consulta no Centro Médico Brasília, utilize nossa Central de Agendamento On-line ou ligue para (61) 4020-0057.

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