Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) atinge mais de 210 milhões de pessoas em todo o mundo. DPOC é o nome usado para descrever um grupo de doenças que atingem o pulmão, comprometem as vias aéreas e prejudicam a respiração. “Essas condições estão relacionadas com o tabaco ou outras exposições que envolvam a queima de biomassa. As enfermidades mais conhecidas que compõem a DPOC são o enfisema pulmonar e a bronquite crônica", explica a Dra. Raquel Carvalho, pneumologista do Hospital Brasília. A patologia deve ser tratada para que seus sintomas não se agravem, por isso a importância de um acompanhamento médico regular.
O que causa a DPOC?
Um dos principais fatores de risco para a DPOC é o tabagismo. Cerca de 85% dos casos de DPOC são provocados pelo cigarro, pois a fumaça vai direto para os pulmões. Dependendo do tempo de uso, há um agravamento da doença. Outros tipos de fumaça – como de fogão a lenha, poluição e substâncias tóxicas no meio ambiente – e histórico familiar podem contribuir para o desenvolvimento do quadro.
A DPOC é causada em razão do estreitamento dos brônquios. Isso acontece por dois motivos: pelo espessamento das paredes e por causa da secreção que fica dentro dos brônquios, o que dificulta a respiração.
Quais são os sintomas?
As pessoas que têm a doença sentem que as atividades do dia a dia se tornam cada vez mais difíceis: caminhar, subir escadas, andar de bicicleta ou até mesmo ficar em pé ou realizar tarefas simples é dificultado pela patologia. Segundo a Dra. Raquel, outros sintomas, além do cansaço constante, são falta de ar, chiado no peito, tosse com expectoração. Por isso, ao perceber esses sinais, busque a orientação médica de um pneumologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
Bronquite crônica e enfisema pulmonar no quadro de DPOC
A DPOC causa a diminuição do fluxo de ar dos pulmões, ou seja, uma obstrução crônica do sistema respiratório. O diagnóstico da patologia inclui a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Grande parte dos pacientes é acometida por ambas as doenças. Entenda como cada uma prejudica o pulmão.
Bronquite crônica: provoca inflamação nos brônquios. Há obstrução e estreitamento das vias aéreas. O muco causa irritação e inflamação constante, o que dificulta a respiração.
Enfisema pulmonar: causa danos aos alvéolos pulmonares, que passam a ficar mais flácidos e com menor capacidade respiratória.
As duas doenças possuem sintomas semelhantes: secreção, falta de ar e deficiência respiratória. No entanto, a bronquite provoca também tosse e expectoração.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da doença, é necessário realizar avaliação da função pulmonar com espirometria, teste de caminhada, exames de imagem pulmonar e gasometria arterial. Assim, é possível analisar como está o pulmão e a gravidade da doença. O médico também considera as queixas do paciente em relação à respiração em sua rotina.
Tratamento
A DPOC não tem cura, no entanto, o paciente pode contar com tratamentos que retardam o agravamento do quadro e restringe o avanço dos sintomas. “Trata-se de uma doença crônica, com bom controle dos sintomas, por meio do uso de broncodilatadores", ressalta a pneumologista. O diagnóstico precoce é essencial para a indicação de uma terapêutica adequada. Por isso, procure um pneumologista para uma avaliação médica.
Para começar o tratamento, é necessário que o paciente não esteja mais exposto aos fatores ou agentes causadores que comprometem o sistema respiratório e o pulmão. Isso quer dizer que o paciente deve parar de fumar – cerca de 85% dos casos de DPOC surgem em decorrência do tabagismo – ou se afastar de ambientes poluídos e produtos tóxicos. Além disso, alerta a médica, ter um peso adequado para a altura, evitando tanto a obesidade quanto a desnutrição, é importante na qualidade de vida do paciente.
Existe prevenção?
Não fumar é uma forma fundamental de prevenir a DPOC, bem como manter uma alimentação saudável, evitando itens processados e ultraprocessados, e incluir na dieta frutas, legumes e grãos, que colaboram para proteger a saúde. Outro fator importante para evitar a DPOC ou seu agravamento é o acompanhamento médico regular. O check-up periódico é fundamental para avaliar sintomas e mudanças no organismo ainda nas fases iniciais. A Dra. Raquel chama a atenção para o fato de que pessoas que já fumaram ou ainda fumam devem fazer acompanhamento médico com regularidade, para permitir o diagnóstico precoce de enfermidades, o que vai auxiliar no controle da doença.
No Hospital Brasília, contamos com uma equipe altamente especializada para o atendimento da DPOC. Em casos mais delicados, quando há necessidade de internação, oferecemos uma estrutura com tecnologia de ponta para atuar no controle da doença. Agende seu atendimento com um pneumologista clicando aqui.