É reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior epidemia de saúde pública mundial, com elevação de sua prevalência tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, estando associada às doenças crônicas não transmissíveis que vêm afetando mais precocemente crianças e adolescentes.
Por que acontece?
A obesidade é uma doença crônica, complexa e de etiologia multifatorial, que resulta de um balanço energético positivo. Tem como base uma suscetibilidade genética influenciada por um ambiente permissivo que começa intra-útero, estendendo-se pela infância e adolescência. Causas endócrinas para obesidade são raras e geralmente são acompanhadas por padrões de crescimento atenuados.
Como tratar?
A prevenção da obesidade pediátrica é a melhor forma de se proteger do problema e toda a família precisa estar envolvida. Sendo assim, deve-se sempre encorajar uma mudança de estilo de vida com hábitos alimentares saudáveis, consumindo mais frutas e vegetais e evitando alimentos ricos em calorias e pobres em nutrientes como bebidas açucaradas, “fast food” ou alimentos processados com alto teor de sódio. Além disso, deve-se realizar atividade física e garantir um tempo de sono adequado da criança ou adolescente.
Um assunto sério
A obesidade tem se tornado um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Sabe-se que crianças obesas são mais propensas a se tornarem adultos obesos. É importante ressaltar que a obesidade é um grande fator de risco para o desenvolvimento de uma série de problemas endócrinos (como Diabetes Melittus tipo 2), cardiovasculares (como hipertensão arterial sistêmica), gastrointestinais, pulmonares, ortopédicas, neurológicas, renais e psicológicas.
Portanto, além de se diagnosticar e manejar a obesidade infanto-juvenil precocemente, é fundamental que as comorbidades também sejam precocemente identificadas e tratadas, pois essas estão associadas a uma maior morbidade e mortalidade.