Logo

Sua saúde

4 minutos de leitura

Doador de sangue: saiba quem pode ser e qual é a importância

Doador de sangue: quem pode ser, como se cadastrar e com qual frequência doar
EHB
Equipe Hospital Brasília - Equipe Hospital Brasília Atualizado em 10/01/2023

A gente cresce pensando que para salvar vidas é preciso ser uma personagem de histórias em quadrinho, filmes ou séries. Porém, a verdade é que todos nós nascemos aptos a exercer esse papel e ele é muito mais simples do que voar, saltar de prédios, protagonizar lutas épicas ou soltar teias pelas mãos. O doador de sangue é o super-herói da vida real e seus superpoderes são a empatia e a dedicação do seu tempo ao próximo.

Se você quer participar desse duelo, mas ainda não sabe como, esse artigo é para você. Abaixo, o Dr. Diogo Kloppel, hematologista do Hospital Brasília, explica quem pode doar e como conseguir sua carteirinha de doador de sangue.

O que é doação de sangue?

A doação de sangue consiste na doação voluntária de uma pequena quantidade de sangue. Uma única bolsa pode salvar até quatro vidas de pessoas que precisam de transfusão sanguínea em casos de emergência (acidentes de trânsito, por exemplo), cirurgias eletivas, transplantes e tratamento de doenças como anemia, febre amarela, doença falciforme e complicações causadas pela dengue.

É importante doar periodicamente para evitar que os estoques de sangue fiquem desabastecidos. Por isso, se você já é doador, fique atento às comunicações do hemocentro.

Quem pode ser doador de sangue?

Saiba o que é preciso para doar sangue:

· Ter entre 16 e 69 anos. Mas atenção! Menores de 18 anos precisam ter autorização dos pais ou responsáveis, e idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 60 anos;

· Pesar mais de 50 quilos;

· Dormir pelo menos seis horas na noite anterior;

· Evitar ingerir bebida alcoólica 12 horas antes;

· Não fumar nas duas horas anteriores à coleta;

· Não apresentar nenhum sintoma gripal.

Em relação à doação de sangue depois de tomar a vacina da Covid-19, o Dr. Diogo explica que o prazo de inaptidão varia de acordo com o laboratório. “Pessoas que receberam a primeira ou a segunda dose de Coronavac devem aguardar 48 horas, enquanto aqueles que foram imunizados com Astrazeneca, Pfizer ou Janssen podem doar no oitavo dia após a aplicação da vacina. Caso não tenha certeza sobre qual foi o seu imunizante, por via das dúvidas, aguarde sete dias”, recomenda.

Como é feita a doação de sangue?

Uma vez apto, o doador de sangue deve seguir alguns cuidados no dia da coleta: não fazer jejum, consumir alimentos leves e se hidratar.

As etapas da doação incluem:

· Cadastro: não se esqueça de levar um documento oficial com foto;

· Triagem: a equipe de saúde avalia a saúde do voluntário e realiza uma entrevista clínica a fim de identificar questões que podem não aparecer nos exames laboratoriais;

· Coleta: o procedimento dura cerca de 15 minutos e, para garantir a segurança do doador e do receptor, todo o material usado é descartável.

“Depois da doação, é importante que a pessoa se alimente e evite grandes esforços por, pelo menos, 12 horas e não trabalhe com andaimes ou veículos de grande porte”, orienta o médico.

Como se cadastrar para doar sangue?

Para realizar seu cadastro, basta cumprir os requisitos mencionados acima e procurar o hemocentro mais próximo munido de um documento oficial com foto.

Com qual frequência pode ser feita a doação?

Segundo o Dr. Diogo Kloppel, após a doação, homens precisam aguardar dois meses para doar novamente e mulheres devem esperar três meses. A quantidade máxima de doações ao ano é de quatro vezes para o sexo masculino e três para pessoas do sexo feminino.

Doador universal de sangue: quem pode doar sangue para qualquer pessoa?

Os tipos sanguíneos servem para categorizar a presença (ou ausência) de duas proteínas, o aglutigênio A e aglutigênio B. Daí surgiu o sistema ABO e o fator Rh, aquele que determina se o

sangue é positivo ou negativo e se refere à ausência de aglutinina nas hemácias. Dessa forma, temos: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-.

Cerca de 90% da população brasileira tem os tipos sanguíneos A ou O; 10%, B e 3%, AB. “Quando uma pessoa doa sangue, caso ela seja dos tipos A, B e AB, seu plasma será direcionado para um paciente que tenha a mesma tipagem e fator Rh, pois em caso de transfusão incompatível, o receptor pode ter sérias complicações, que podem até evoluir para óbito. O único doador universal é o tipo O-. em contrapartida, só pode receber doações de outro O-”, detalha o hematologista.

Dia do doador de sangue

O Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, é uma data para celebrar aqueles que dedicam um tempinho de sua vida para salvar outras, mas também incentiva a adesão de novos doadores. Desde o início da pandemia, as doações caíram 50%. Vale lembrar que os componentes do sangue levam oxigênio para o corpo todo, defendem o organismo e participam do processo de coagulação. Isso significa que nada substitui o sangue e por isso, os hemocentros precisam estar sempre abastecidos.

Ser doador de sangue é uma escolha voluntária e nos transforma em super-heróis da vida real. Procure o hemocentro mais próximo e se cadastre!

Atendimento ambulatorial

O doador de sangue precisa estar com a saúde e os exames em dia. Por isso, não deixe de consultar um profissional periodicamente. O Centro Médico Brasília conta com profissionais qualificados nas mais diversas especialidades. Para agendar sua consulta, utilize nossa central de agendamento online ou o telefone (61) 3704 -9000.

Escrito por
EHB

Equipe Hospital Brasília

Equipe Hospital Brasília
Escrito por
EHB

Equipe Hospital Brasília

Equipe Hospital Brasília