O Hospital Brasília acaba de completar sua marca de 400 cirurgias robóticas realizadas. A mais recente, que fechou um novo recorde, foi uma cirurgia torácica – especialidade médica focada no tórax e no sistema respiratório. Dessa forma, para celebrar a conquista, o dr. Nuno Fevereiro, cirurgião do Hospital Brasília, esclarece as principais dúvidas sobre o procedimento.
Pergunta: Quais as principais indicações da cirurgia torácica?
Dr. Nuno: A cirurgia é indicada para algumas doenças do tórax, bem como de todo o sistema respiratório, que inclui os pulmões, a parede torácica, a traqueia, os brônquios, as pleuras e o mediastino. As possibilidades de tratamento são muito diversas e incluem desde questões mais simples, como sudorese ou fraturas, até mesmo tumores e outras doenças mais complexas.
Pergunta: Quais são as condições mais comuns tratadas pela cirurgia torácica?
Dr. Nuno: As principais causas da busca pela cirurgia torácica são o derrame pleural – também conhecido como “água no pulmão” –, a hiperidrose, nódulos no pulmão e sangue ao tossir.
Pergunta: A cirurgia torácica possui alguma peculiaridade em relação às demais?
Dr. Nuno: É uma especialidade que demanda uma abordagem multidisciplinar do cirurgião, que precisa atuar em conjunto com outros especialistas a fim de chegar a um diagnóstico e tratamento ideais para cada caso. Por isso, o cirurgião torácico precisa ter um vasto conhecimento em cirurgia geral, pulmonar, cervical, ortopédica, cardíaca e vascular.
Pergunta: Qual a vantagem da cirurgia robótica nessa especialidade?
Dr. Nuno: Desde que surgiu a especialidade com o tratamento da tuberculose, a cirurgia torácica vem passando por grandes evoluções. Pode-se dizer que o advento da videocirurgia foi o que consolidou essa especialidade, pois o cirurgião passou a ter maior acesso à cavidade torácica, o que possibilitou técnicas mais diversas e menos invasivas. Com o surgimento da cirurgia robótica, esses aspectos se tornam ainda mais evidentes, pois o robô utilizado permite uma precisão consideravelmente maior e gera menos desconforto para o paciente, que tem seu tempo de recuperação pós-cirúrgico reduzido.