Em décadas passadas, a AIDS – doença causada por infecção pelo vírus HIV – foi alvo de grande repercussão na mídia e na sociedade. Personalidades famosas, como os cantores Freddie Mercury, Renato Russo e Cazuza, que estavam no auge de suas carreiras musicais, perderam a batalha contra a doença. Contudo, desde então, diversos avanços científicos foram alcançados e portar o vírus não é mais considerado uma sentença. Apesar disso, o tema ainda é visto como um tabu por muitos.
O que é a AIDS?
A palavra AIDS é uma sigla em inglês que, na tradução para português, quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida. O dr. Alexandre Cunha, infectologista do Hospital Brasília, esclarece: “é uma doença que ataca o sistema imunológico do organismo – ou seja, as células de defesa do corpo. Dessa forma, o portador se torna muito vulnerável a diversas doenças oportunistas, pois seus mecanismos de proteção se tornam ineficazes”.
HIV e AIDS: qual a diferença?
Apesar de as duas siglas serem utilizadas de forma intercambiável entre muitas pessoas, não querem dizer a mesma coisa. HIV é o vírus causador da AIDS. Quando este microrganismo infecta alguém, passa por diferentes fases nas quais ataca as células de defesa do corpo e sofre mutações. Dessa forma, estas células começam a se tornar cada vez mais ineficientes até serem destruídas.
Como se prevenir?
A forma mais comum de contração do vírus HIV é por relações sexuais. Dessa forma, o uso do preservativo é indispensável para conter os riscos de infecção. Uma outra medida eficaz é utilizar apenas agulhas e seringas descartáveis. No caso de mães portadoras do vírus, para diminuir os riscos de contaminação do bebê, o pré-natal deve ser iniciado o mais cedo possível e todos os exames devem ser realizados.
Atualmente, são disponibilizadas, pelo Ministério da Saúde, duas alternativas recentes de prevenção do vírus HIV: a PrEP e a PEP. A primeira, que significa Profilaxia Pré-Exposição, consiste no uso diário de dois medicamentos antirretrovirais em um comprimido único, que podem reduzir em mais de 90% o risco de infecção. Já a segunda quer dizer Profilaxia Pós-Exposição e se trata de uma medida emergencial de prevenção após o risco de contágio.
É importante ressaltar que as duas alternativas não dispensam o uso dos preservativos, pois esta ferramenta é capaz de prevenir diversas outras infecções sexualmente transmissíveis. Além disso, a prevenção combinada é a forma mais recomendada.